Friday, November 24, 2006

"Cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas!"

Se me chateia? Chateia. Se fico triste? Também. Se me deita ao chão? No way José! Já lá vai o tempo!!!!

Hoje em dia já não perco tempo a lamentar-me porque as coisas não correm conforme o esperado, amuo, faço a minha birra e vou à minha vida q já se faz tarde. É que não adianta tentar perceber o porquê dos porquês, porque, por muito que racionalmente percebamos, emocionalmente não fazemos a mínima ideia do porque é que as coisas se passam assim. Aceito resignada, ainda não inventaram nada que nos desse a possibilidade de mudar os sentimentos das outras pessoas, e ainda bem. Queria porém que alguém conseguisse inventar, (digo conseguir, porque tenho a certeza que já passou pela cabeça de muita gente esta invenção que os faria ricos) um aparelho on/off de sentimentos, só para uso próprio. Para mim seria a invenção do século!

Já me estou a ver, toda contente, dinheirinho no bolso, sorriso nos lábios, em direcção à Worten, ou mesmo à Fnac, à parte electronica, pedir um aparelhinho desses, pagar, vir embora, num passo apressado, louca para ler as instruções e poder começar a dar uso ao "piqueno".

Contra-indicações: assim que se carrega no off, só volta ao on com outra pessoa, ah pois é meus amigos, não há cá maneira de se mudar de ideias, porque é para seguir em frente, q atrás vem gente!

6 comments:

aqui-há-gato said...

Se por acaso houver esse aperelho não compres...
Sentir, mesmo que sentimentos maus, fazem-nos crescer...
Nós somos o sentimento!


Miau do gato


*humm fico feliz por te lembrares de mim:))

VF said...

" O coro das velhas" de onde extraíste a expressão que te serve de título, é sem dúvida uma das músicas mais divertidas do Sergio Godinho, e ele tem algumas músicas divertidas, tão divertidas que se não fossem assim tão divertidas chegariam a ser trágicas!

No entanto, o teu texto transporta-nos para um desejo. Ter um interruptor de sentimentos!

Todos nós de uma ou outra forma já tivemos o desejo de possuir instrumentos desses, uns que podessemos usar para ligar ou desligar sentimentos, outros para parar o tempo, outros para nos fazer avançar ou recuar, outros aínda que nos dessem um choque electrico só para nos sentirmos vivos.

Mas não existem!
E então das duas uma, ou cantamos no "coro das velhas" dizendo cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas, ou então subimos o olhar e dizemos que temos a cabeça entre as orelhas, mas são lindas!

Um beijinho, e entendo perfeitamente o teu texto, não pelas palavras mas pelo que sinto!

Susana said...

uso tantas vezes essa expressão... normalmente quando a uso não estou nada bem, gostava que não fosse o teu caso...

beijo grande

cuotidiano said...

A verdadeira angústia é a que passam as orelhas, que têm uma cabeça pelo meio que não as deixa comunicar devidamente entre elas.

É preciso não esquecer que as orelhas também têm sentimentos, também sofrem, também pensam. Por exemplo: "Ah e tal eu bem que gostaria de ver a minha cara-metade mas com esta porcaria pelo meio como é que eu lhe posso expressar os meus verdadeiros sentimentos, olhos nos olhos?"

Por isso, devemos dar-nos por contentes. Sim, porque há outras criaturas que sofrem muito mais - ponham os olhos nas orelhas!

Anonymous said...

Está dificil entre as orelhas.
E ele merece levar nelas.
**

Anonymous said...

Não acho boa ideia termos um interruptor para os sentimentos. Eles são resultado de estímulos provocados pela diversas acções de que todos passamos. E quem não reage a estímulos, não vive... passa a ser apenas mais um...

O que interessa ao fim ao cabo não é deixar de sentir, mas sim aprender a reagir aos sentimentos. O desafio está precisamente em ter consciência do que sentimos, tendo uma atitude racional e crítica.

Beijos e abraços,

Rafael :)