A confiança
Como se confia nas pessoas? O que nos faz confiar ou não confiar, sem antes conhecer a fundo uma pessoa? Como é que se conhece a fundo uma pessoa?
No meio de tanta gente que conhecemos superficialmente, há algumas que queremos conhecer melhor, saber de que matéria são feitas, saber o que pensam e como pensam, o que querem e como querem... Mesmo quando queremos conhecer melhor alguém, nunca sabemos, a não ser com o tempo (e mesmo assim as pessoas podem sempre surpreender-nos, para o bem ou para o mal) se a conhecemos a fundo.
Sendo assim, como se sabe em quem confiar? E aí vem a parte que nos transcende, em que muitas vezes não temos escolha, acaba por ser algo em que não temos mão, confiamos na pessoa porque sim, porque a vibração que transmite nos diz que sim.
E é isto, se não queremos passar a nossa vida a olhar por cima do ombro, com medo do mal que as pessoas nos possam fazer, temos que confiar... Claro que até ao dia em que não confiamos mais, porque nos fizerem ver que já não mereciam o que tínhamos depositado nelas.
Mas no meio disto tudo há uma série de nuances, nunca nada é tão preto e branco como se desejava. Falo na confiança de quem gostamos e que perdemos, por erro nosso, o que fazer para a recuperar? Pedir desculpa não basta, ajuda, mas nunca chega, há que provar que merecemos o perdão, há que provar que o que nos levou a meter a "pata na poça" foi uma eventualidade que não vai voltar a acontecer... Mas até quando? Por quanto tempo temos que continuar a provar? Até quando é legítimo pedir provas?
2 comments:
Recuperar a confiança perdida é um processo bem mais longo que ganhar a confiança inicial de alguém.
Quanto tempo? Acho que não há limites pré-estabelecidos, depende da gravidade e essencialmente da disposição do outro em perdoar.
Por vezes é nunca, por vezes é logo nos minutos a seguir.
É uma área muito delicada da natureza humana.
Pois....acho que confiar em alguém é mesmo uma questão de instinto, de feeling. Recuperar a confiança de alguém é outro filme. A desculpa é o primeiro passo. E depois é dar tempo ao tempo...
Por quanto tempo? Qual o limite? Entra novamente o feeling em acção, acho. Até sentirmos que ainda vale a pena. Porque ás vezes o mais sensato é mesmo desistir. Das pessoas, inclusivé.
beijo
Post a Comment