Friday, February 13, 2009

O toque


Não sei se sou a única pessoa a sentir isto, mas acho que as pessoas cada vez se tocam menos. Eu sei de antemão que há pessoas que não gostam de muita proximidade física, tenho amigas assim, que não são grandes fãs de cumprimentos com beijinhos e abraços.

Mas eu ao contrário delas, sinto mesmo necessidade do toque e não estou a falar do namorado, estou a falar de toda a gente, estou-me a lembrar agora de quando se cumprimenta alguém, eu preciso de olhar esse alguém nos olhos e tocá-lo, normalmente no braço, não é nada de extraordinário, mas é algo que me faz diferença.

Agora falando nas pessoas que nos são queridas, a quem raramente damos um abraço ou uma festa, faz falta, faz falta a proximidade da pele, faz falta um abraço apertado quando não nos vemos há muito tempo, faz falta o toque quando estamos tristes ou mesmo quando estamos contentes...

Acho que passa por aqui a tal separação cada vez maior entre as pessoas, ninguém toca em ninguém, ninguém quer saber do outro, deixámos de sentir a tal química entre pessoas e as relações interpessoais estão cada vez mais superficiais.

Pela minha parte vou continuar, a tocar, a abraçar e a estreitar bem as minhas ligações, para que amanhã não tenha à minha volta uma série de amigos desconhecidos.

4 comments:

bonifaceo said...

Concordo.
No cumprimento foi algo um pouco apreendido por observação, mas que passou a ser um hábito, a partir de um certo grau de proximidade o toque no braço no cumprimento.
Umas amigas até durante uma conversa tocam delicadamente enquanto contam algo, não aquele toque para chamar a atenção, e acho muito agradável e amoroso (ou agradavelmente amoroso).
Beijo.

Valete said...

exactamente!! especialmente os gajos..que lá por dar um abraço têm logo um ataque de homofobia!!!

ai, ai...mentacaptos..uma raça em ascenção!

Fuschia said...

Eu considero-me uma pessoa de poucos abraços e beijinhos. Quando era pequena odiava que me fizessem cumprimentar à força gente que não conhecia de lado nenhum, às vezes deixava-me tão piurça que já nem com a familia me apetecia grandes aproximações. Sentia que era uma invasão forçada à minha bolha. No dia a dia continuo a não gostar muito de pessoas que sem convite nenhum se aproximam demais, assim como não gosto, aliás detesto que usem confiança que não lhes dei, como perguntarem coisas que acho que não lhes diz respeito ou mesmo fazerem alguma piadola que eu não goste. É o suficiente para estragar o que poderia ser uma longa amizade lol. No entanto, acho que facilmente abraço uma pessoa que goste, ou mesmo que não conheça mas que no momento queira ajudar e gosto do toque entre amigos. Concluindo, não entrem à força na minha bolha e a gente entende-se.

Sinho Livre said...

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