Carreira Medina
Foi Ministro das Finanças no I Governo Constitucional (1976/1978), tem uma longa história profissional, hoje é Fiscalista e ontem deu uma entrevista a Mário Crespo.
Acho que nunca o tinha ouvido "com ouvidos de ouvir", e ontem deixou-me colada à televisão. Com o pragmatismo não habitual em pessoas que falam sobre política (políticos e não políticos), fez um retrato do país, da crise, das políticas do governo, da oposição, em suma, de tudo o que nos diz respeito.
No meio da conversa falou sobre algo que me deixa sempre irritada quando oiço, as derrapagens nos custos das obras públicas. Só nas obras públicas é que se faz um orçamento de X e no fim, o custo real é o X multiplicado por algumas vezes e ninguém tem que responder por isso. Numa empresa pública, em que os dinheiros têm que ser controlados por algumas partes, e como sai do bolso daqueles que a fundaram, ou que a gerem, não deve acontecer assim impunemente, porque ninguém se deixa ficar calado, quando se vê a ser roubado.
Nas contas públicas, e pelo facto de serem públicas, parece que toda a gente se dá ao direito de meter sempre a mão em qualquer coisinha.
Alguma vez se ouviu alguém ser realmente acusado e declarado culpado de casos desta natureza? Não!
Mas isto não é exclusivo deste governo, são sucessivos os governos, PS, PSD, PS, PSD e assim sucessivamente que acabam por não diferir em nada, mudam as caras, mas não muda muito mais.
Ninguém faz mudanças a sério, de fundo, de maneira a fazer com que quem é incompetente não fique com nenhum tacho, e quem é competente, possa fazer trabalho a sério!... Isto dava toda uma nova conversa.
Ninguém faz mudanças a sério, de fundo, de maneira a fazer com que quem é incompetente não fique com nenhum tacho, e quem é competente, possa fazer trabalho a sério!... Isto dava toda uma nova conversa.
Para quem quiser ver, ou rever, deixo os links (a entrevista foi dividida em 3 partes):
3 comments:
Tens razão, e é a verdade, os gajos são incompetentes e pouco muda de partido para partido.
essas mudanças a fundo iam fazer doer nos portugueses... eles querem ganhar eleições, logo não as fazem...
beijinho
Alguém, nada mais acertado, mas que era preciso era... Era como queimar tudo e fazer de novo, de certeza q iria haver coisas que iam ser complicadas de início, mas o q tem q ser tem mta força, senão nunca mais vamos a lado nenhum!
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