Wednesday, March 11, 2009

Carreira Medina


Foi Ministro das Finanças no I Governo Constitucional (1976/1978), tem uma longa história profissional, hoje é Fiscalista e ontem deu uma entrevista a Mário Crespo.

Acho que nunca o tinha ouvido "com ouvidos de ouvir", e ontem deixou-me colada à televisão. Com o pragmatismo não habitual em pessoas que falam sobre política (políticos e não políticos), fez um retrato do país, da crise, das políticas do governo, da oposição, em suma, de tudo o que nos diz respeito.

No meio da conversa falou sobre algo que me deixa sempre irritada quando oiço, as derrapagens nos custos das obras públicas. Só nas obras públicas é que se faz um orçamento de X e no fim, o custo real é o X multiplicado por algumas vezes e ninguém tem que responder por isso. Numa empresa pública, em que os dinheiros têm que ser controlados por algumas partes, e como sai do bolso daqueles que a fundaram, ou que a gerem, não deve acontecer assim impunemente, porque ninguém se deixa ficar calado, quando se vê a ser roubado.
Nas contas públicas, e pelo facto de serem públicas, parece que toda a gente se dá ao direito de meter sempre a mão em qualquer coisinha.
Alguma vez se ouviu alguém ser realmente acusado e declarado culpado de casos desta natureza? Não!

Mas isto não é exclusivo deste governo, são sucessivos os governos, PS, PSD, PS, PSD e assim sucessivamente que acabam por não diferir em nada, mudam as caras, mas não muda muito mais.

Ninguém faz mudanças a sério, de fundo, de maneira a fazer com que quem é incompetente não fique com nenhum tacho, e quem é competente, possa fazer trabalho a sério!... Isto dava toda uma nova conversa.


Para quem quiser ver, ou rever, deixo os links (a entrevista foi dividida em 3 partes):



3 comments:

bonifaceo said...

Tens razão, e é a verdade, os gajos são incompetentes e pouco muda de partido para partido.

Alguém said...

essas mudanças a fundo iam fazer doer nos portugueses... eles querem ganhar eleições, logo não as fazem...

beijinho

Miss Kin said...

Alguém, nada mais acertado, mas que era preciso era... Era como queimar tudo e fazer de novo, de certeza q iria haver coisas que iam ser complicadas de início, mas o q tem q ser tem mta força, senão nunca mais vamos a lado nenhum!