Um vislumbre do passado
Realmente o tempo passa e mesmo assim há pessoas que têm o condão de nos fazer voltar aos tempos de liceu, não à parte boa, em que a única preocupação (para além das notas) era o que é que se ia vestir no dia seguinte e se o rapaz de que se gostava ia olhar para nós, não, é à parte da pressão de pertencer.
Não que me sentisse sempre assim naquela altura, não tenho essa recordação, pelo menos assim à primeira quando recordo aqueles tempos, mas creio que de vez em quando devia aparecer.
Tive um jantar o fim-do-semana passado com as amigas da altura, se é que se podiam chamar a todas elas, amigas, tenho ideia de que com algumas, a amizade não ser uma coisa incondicional e sentida, mas algo que fazia parte, já que fazíamos todas parte do mesmo grupo.
Esse jantar, que estive perto de não aceitar ir, foi bastante engraçado, e diverti-me mesmo, mas o porquê da dúvida, foi um sentimento de desadequação que já não me lembrava que algum dia tenha existido. Também ajudou o facto de elas continuarem quase todas amigas, e casadas, e com crianças, a maior parte pelo menos...
Não é que isto seja uma frustração, ou sequer uma preocupação, mas junto com o facto de não ter trabalho, faz com que a minha vida soe assim a meio vazia. E esta não é claramente a imagem com que se quer que as pessoas, que não nos vêem há 10 anos, fiquem.
22-o4-2010 (6.51 p.m.)
2 comments:
I know (i feel) what u´re feeling.
Eu tenho essa sensação quando reencontro não amigas (infelizmente não me tenho cruzado com essas) mas ex-colegas de escola e fico sempre com a sensação de que não queria, pelo menos agora, aquela vida de mãe de filhos (é que as vejo sempre de carrinho de bébé). Pode parecer horrivel, e acredito que até sejam felizes, mas a sensação que tenho ao vê-las e ao relembrar-me de como eram, é de que ficou ali mais uma vida e projectos por concretizar..
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