Wednesday, May 05, 2010


Lembram-se desta carinha laroca? Era a filha mais velha da série "Médico de Família", Sara Norte.
Desde então, nunca mais ouvi falar nela, até agora, e não pelos melhores motivos, alguém se lembrou de a desenterrar do anonimato, para expôr a vidinha da miúda, nas revistas. Então o que é que mereceu a atenção das revistas cor-de-rosa? O facto da garota trabalhar à noite num bar de strip. E é stripper, perguntam vocês? Parece que não, é barmaid. E então de onde vem o sururu? Não sei.

Até podia ser stripper, nada contra, mas aí sim, havia notícia, "ah e tal, a miúda tão pequenina e queridinha da série agora é stripper", notícia cor-de-rosa, mas notícia, agora assim...

E eu iria estar a falar disto porquê? Porque parece que a miúda trabalha num banco durante o dia e que para além de ser provável que não lhe renovem o contrato, as pessoas deixaram de lhe falar, e olham de lado...
Oh cabecinha tuga! Não me consigo ver a deixar de falar com alguém que nunca me tenha feito mal, só porque trabalha num bar de strip, ou seja o que for, dessas coisas que as pessoas habitualmente não gostam e acham menos decente, não faz de todo sentido. Até no meio do preconceito seria mais "normal", terem essa atitude se conhecessem como essa pessoa de quem não aprovam a profissão, agora, já conhecer a pessoa, por ser uma boa colega, ou uma conhecida simpática e de repente, fingirem que não conhecem e tratarem-na mal, é de uma crueldade sem tamanho, para não falar de não poderem ser mesmo boas pessoas!

(até de casa a miúda vai ter que mudar por causa disto... Uma tristeza!)

6 comments:

Pretonoamarelo said...

Eu odeio este mundo cor de rosa eu nem consigo ler essas revistas,para mim não faz sentido nenhum,eu ainda sou do tempo em que uma pessoa aparecia numa revista por algo bom que fez pela sua carreira algo bom não por ir de ferias por ter namorado por trabalhar em tal sitio ou algo assim o que isso me interessa nunca vi pessoalmente nunca falei com ela na minha vida..,

Madelina said...

As revistas só falam do que não devem e ainda inventam metade das histórias.
Se ela se metesse na droga e andasse a roubar, já era normal e ninguém comentava. Mas trabalha, não importa onde. Digo eu...
;)

Nowe said...

Querida Miss Kin;

Este mundo está cheio de hipocrisias!
Falam, criticam, mas têm tantos "telhados de vidro", que se esquecem. Mas falam e julgam os outros, como se não houvesse amanhã...
Lá vem a velha história; "não olhes para o que faço, olha para o que te digo..."
Quantas meninas de boas famílias, não se dedicam a serem "acompanhantes de luxo"?
É por isso que eu não gosto de julgar, no fim somos todos iguais; com virtudes, defeitos, enfim; somos humanos.

Beijinho*

Miss Kin said...

Cláudio, também penso nisso, lembro-me de que as pessoas que eram "famosas", eram-no pelo que faziam, e dessas até queríamos saber um bocadinho da vida, parte da intimidade, das pessoas que admirávamos.
Agora são pessoas "vagamente conhecidas" que têm "projectos", mas que nunca ninguém lhes viu nada. Passou do trabalhas, por isso apareces, para o apareces, por isso trabalhas!

Cereja, apanhei um bocadinho do programa da manhã em que ela e a mãe eram convidadas e achei a história triste, deixem a miúda! Estuda e tem 2 empregos, ou seja faz mais que muita gente, devia ser aplaudida, não era enxovalhada.

Invisível, toda a gente acha que os próprios telhados estão tapados e que ninguém vê... Quanto ao julgar, acho que todos acabamos por fazer, assim que conhecemos alguém, um juízo de valor, e esse vai mudando ou não, com a convivência, eu por ex. tenho dificuldades com gente sem maneiras, que não "fala baixo e sabe estar".

lampâda mervelha said...

As pessoas continuam a emprenhar pelos ouvidos. Insistem nos brandos costumes e pronto.

Alda Couto said...

Pequenino pequenino, este nosso povo...